Quatro anos depois de Hail to the Thief, o Radiohead finalmente lança seu novo disco,
In Rainbows. Como não pode deixar de ser, o Radiohead está sempre na vanguarda das novas tendências: o disco foi disponibilizado para download no site oficial de duas maneiras: você pode simplesmente se cadastrar no site e baixá-lo, sem pagar nada por isso, não dando nem o número do cartão de crédito, ou pode escolher quanto quer pagar pelo disco. O valor é em libras esterlinas, e há uma pequena taxa sobre o valor que se quer pagar (0.45 £, eu acho). Eu baixei sem pagar nada, mas pretendo baixar novamente no futuro, dando uma contribuição, ou posso também comprar a edição tradicional, em CD, quando sair. Radiohead merece todo o dinheiro gasto em ambos os casos.
Hora da biópsia:
1. "15 Step" - batidas fortes e por vezes parecendo aleatórias, que me lembraram o Kid A, além do Amnesiac, é claro. Guitarrinhas distorcidas pra completar.
2. "Bodysnatchers" - Gillian Seed ficaria intrigado se fosse vivo. Baixo bem forte no começo, seguido de um ritmo rápido e animado.
3. "Nude" - bem lenta e triste, levada pela voz forte do Thom.
4. "Weird Fishes/Arpeggi" - batida eletrônica rápida ao fundo, é bem animada, contrastando com Nude. O segundo nome da música deve vir do uso de "Arpeggios" na música, uma técnica sobre a qual não tenho competência alguma pra falar.
5. "All I Need" - música bem normal, não me chamou muito a atenção.
6. "Faust Arp" - acústica com violão e voz, com violinos ao fundo. Bem bonita e calma.
7. "Reckoner" - começo totalmente metal, com batidas fortes e uma guitarra dedilhada de leve ao fundo. Depois, a batida dá lugar à voz do Thom com backing vocals, pra depois retomar a batida novamente.
8. "House of Cards" - música falando do amor, das relações que sempre são uma guerra diária, sustentando a paixão como uma casa de cartas mesmo. Um sopro e tudo desaba. Bem bonita.
9. "Jigsaw Falling into Place" - bem animadinha, música "tradicional", quase não parece Radiohead. Parece... Sei lá, Queens of the Stone Age mais "leve".
10. "Videotape" - pianinho; final bem melancólico de disco. Essa aqui tem um toque bem Amnesiac, com sons estranhos acompanhando o piano ao fundo em determinados momentos da música.
No final, o disco é muito bom. Pouco experimental, o que não tem nenhum problema. Pena que tenha poucas músicas (a versão especial em CD que sai em dezembro terá outro disco com mais músicas), mas as que tem valem a pena.
Nota: Thom Yorke continua cantando com uma batata na boca.